Categorias das Mil Milhas Brasil 2020 – Esporte-Protótipos

Começando pelos carros esporte-protótipos, que estão de certa forma estão presentes desde o início da categoria. Ainda que o termo esporte-protótipo tenha nascido apenas 10 anos após a realização das primeiras Mil Milhas, as carreteras que dominaram os primeiros anos da prova podem ser consideradas uma espécie de “prólogo”, com sua mecânica híbrida e soluções criativas, como a Carretera #18 de Camilo Chistófaro. Em anos posteriores, competiram nas Mil Milhas protótipos icônicos como o Bino Mark II, Fúria, e o Fitti-Porsche, modelos exóticos como o Caçador de Estrelas de Bica Votnamis ou o AM02 de José Lino, passando por modelos nacionais os Aldee RTT e Spyder, Metalmoro MCR e MRX, e até modelos internacionais como o protótipo ZF01 (um Riley & Scott MkIII disfarçado) ou o Peugeot 908 HDi vencedor das Mil Milhas 2007.

Para a edição 2020, os protótipos estarão dividos em 6 categorias:

P1

A categoria P1 é a mais veloz do endurance brasileiro. Nela são permitidos protótipos de fabricação nacional como Metalmoro AJR, DTR01 e Sigma P1, e também os modelos Ginetta G57 P2 e G58, além de protótipos FIA LMP3 como Ligier JSP3 e Norma M30. Para manter os custos sob controle, são proibidas motorizações utilizadas em categorias como LMP1, LMP2, IndyCar, F3000, entre outras. São seguramente os carros mais rápidos do Brasil, e estão entre os favoritos, porém a temporada 2019 da Endurance Brasil nos mostrou que nas etapas mais longas os protótipos podem pecar por falta de confiabilidade.

P2

A categoria P2 é reservada para carros de fabricação mais antiga, que deixaram de ser competitivos após a chegada de carros como os AJR e Ginetta G57. O regulamento dessa categoria reflete o da categoria P1 vigente até 2018. Ainda assim são carros muito velozes e que podem surpreender em uma prova longa. Estão entre os carros elegíveis para a categoria o protótipo Predador da família Bana, o GeeBee R1 de Ney Faustini, o Scorpion-KTT, o Tubarão IX, o Sigma P1 e carros como os Metalmoro MR18 e MCR Grand-Am que atualmente estão parados, entre outros carros. Também na P2 é vetada a utilização de diversos motores para evitar uma escalada de custos.

P3

Fonte: Correio do Povo [2].

A categoria P3 é reservada para os protótipos com motores aspirados de até 2.400 cm³. Nesta categoria se enquadram carros como os Metalmoro MRX e alguns Aldee Spyder, além dos protótipos como motores Hayabusa como Radical SR3, Tornado e Roco 001. São carros mais lentos, mas fortes candidatos a um top 10 na prova.

P4

Categoria de protótipos de menor desempenho das utilizadas pelo Endurance Brasil, a P4 recebe principalmente os protótipos Metalmoro MRX e Aldee Spyder, normalmente equipados com motores AP 2.0 8V.

PN1

Fonte: Carros e Corridas [3].

A categoria PN1 é específica das 1000 Milhas do Brasil, reservada para protótipos nacionais com motor até 2.0. A principal diferença para a P4 é o peso mínimo, bem superior. Entendo que os principais candidatos para essa categoria são os protótipos Aldee RTT e protótipos cearenses como Spirit 1.8, CTM 2000 e Super Turismo.

PN2

A PN2 é outra categoria específica das 1000 Milhas, para protótipos nacionais com motores sobrealimentados até 2.000 cm³. Provavelmente deve receber modelos Aldee Syder e RTT com motorização turbo, que não se enquadrem no regulamento da P2.

Veja também

Categorias de turismo da 1000 Milhas do Brasil 2020

Cobertura da prova

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