Superlite Aero

Superlite Aero

Apresentado em 2016 durante o Performance Racing Industry Show em Indianapólis, o Superlite Aero é um projeto do fabricante estadunidense Superlite Cars, baseado em Detroit, Michigan. Atuante no mercado de kit cars através de seus próprios design e no mercado de réplicas através da empresa-irma RCR (Race Car Replicas), a companhia tem um longo histórico em competições desde o suporte na fabricação de componentes para o projeto do Ford GT GT2 da Duran Racing, passando pelo sucesso do kit car SL-C na categoria Super Unlimited da NASA (incluindo o campeonato nacional em 2011), a Superlite decidiu desenvolver um protótipo mirando especificamente as categorias Super Touring da NASA, que focam na relação peso-potência como forma de equilibrar a disputa, buscando aliar performance e mantenabilidade em um pacote com custo relativamente baixo. 

Chassis & Powertrain

Com  4,31 m de comprimento, 1,88 m de largura e as 1,02 m de altura (as mesmas 40 polegadas que dão o nome ao Ford GT40), o Aero é um monoposto com um chassi de construção tubular convencional, fabricada a partir de tubos sem costura unidos por solda TIG. Na dianteira, o protótipo utiliza um crash box em alumínio, que também cumpre a função de suporte da asa dianteira.

Essa estrutura foi totalmente projetada com o auxílio de FEA (Análise de Elementos Finitos), resultando em um peso total do carro de apenas 816 kg, com uma distribuição de peso 48/52 e, mesmo sendo um carro compacto, o Aero possui um tanque com capacidade para 25 galões (aproximadamente 95 litros), que o torna apto para competir até mesmo em provas de longa duração.

São utilizados freios StopTech, com 6 pistões na dianteira e 4 na traseira, e o modelo sai de fábrica com rodas aro 18” e pneus semi-slick Hoosier R7/A7 (ainda que seja possível utilizar slicks dependendo do regulamento). A suspensão é do tipo push rod com rockers em alumínio billet 6061 e amortecedores ajustáveis Penske. Uma curiosidade do projeto de suspensão do Aero é que os elementos são os mesmos nos quatro cantos do protótipo, o que representa um compromisso de design mas que otimiza consideravelmente os custos de manutenção para pilotos com menor estrutura de competição.

No quesito powertrain, o Aero é equipado com um motor Chevrolet LS3 V8 6.2 Litros, similar ao encontrado em diversos protótipos brasileiros, com preparação da Katech Performance, restrito a 380 HP (mas que pode atingir até 490 HP), e um transeixo Graziano de 6 marchas com trocas em H, porém alguns clientes têm adaptado kit para trocas sequenciais por alavanca.

Aerodinâmica

A aerodinâmica do Aero foi desenvolvida em CFD com intuito  gerar o máximo de downforce com o mínimo de arrasto, reduzindo ao máximo a área frontal do carro.. Segundo a Superlite, o protótipo consegue gerar aproximadamente 450 kgf de downforce à 200 km/h com um balanço aerodinâmico 50/50, de forma que o centro de pressão aerodinâmica fica localizado ligeiramente à frente do centro de gravidade.

Na dianteira, o Aero é marcado pelo splitter (1), que utiliza um perfil Selig 1223 extrapolado para a função. Sobre os pára-lamas ficam posicionados louvres (2), que ajudam na extração de ar das caixas de roda. 

Na parte traseira dos para-lamas existe também uma abertura vertical (3), complementando a extração das caixas de roda.

Os sidepods (4) recebem os radiadores, e tem formato compacto similar ao que se encontra em um monoposto do tipo Fórmula.

Na traseira, se destacam a asa em fibra de carbono, também com perfil Selig 1223 e corda de 13”, e o difusor construído em alumínio (6). Na versão de spec do Aero, a asa traseira fica posicionada logo sobre o final do deck traseiro, com dois endplates que se conectam à carenagem principal.

Em uma versão mais recente do Aero, utilizado na categoria Super Unlimited da NASA, podemos notar o olhal de reboque em posição pouco convencional (7), logo acima do cockpit. Também podemos ver que foram adicionadas aberturas (8) para ventilar o calor excessivo do compartimento do motor. Do ponto de vista aerodinâmico, foi adicionado um gurney (9) ao deck traseiro, e a asa traseira é diferente, montada em posição mais recuada em relação ao eixo traseiro.

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