A grande novidade técnica da segunda etapa foi a incorporação da classe GT3 Light na P2, que viam reduzidos números de competidores. Dessa forma, além dos protótipos turbo e de elevada cilindrada, a P2 agora recebe os modelos GT3 antigos e Stock Car JL09. Ainda que a escolha tenha causado estranheza em muitos torcedores, essa unificação remonta aos primórdios do endurance brasileiro, quando a classe I (e posteriormente classe GP1) reunia GTs internacionais e protótipos brasileiros na luta pela vitória na classificação geral.
Dessa forma, nossa primeira análise estará focada em entender a diferença de desempenho entre os GTs e protótipos, e qual nível de competitividade podemos esperar para as próximas provas.
No treino classificatório, ficou evidente que em termos absolutos, o MCR Grand Am de Fernando Poeta é o carro a ser batido na P2, com uma marca 2,5 segundos mais rápida que os demais competidores.
Na prova, apenas o Lamborghini de Rodrigo Lemke e Julio Martini e o MCR completaram voltas suficientes para obter uma amostra válida. Mesmo com os problemas de freio que o tiraram da disputa, o protótipo gaúcho foi consistentemente mais veloz do que o Gallardo GT3, com 3 quartis apresentando tempos equivalentes ou inferiores ao 1º quartil do Lamborghini.
Como ponto forte, o GT3 da Sul Racing apresentou desempenho muito constante, e muito próximo do desempenho do classificatório (apenas 0,66% de diferença entre a melhor volta do qusly e da prova).
Já o MCR aparenta ter focado a estratégia em marcar os carros da GT3, marcando voltas consistentemente 1 segundo mais velozes, reservando o equipamento que poderia render voltas muito melhores caso fosse solicitado.