No final de semana da edição 2025 das 1.000 Milhas, a Sigma P1 Engenharia apresentou mais um capítulo na história da sua linhagem de protótipos, o Sigma P1 G5 Evo. Baseado no conhecimento adquirido com os protótipos que competem nas classes P1 e P2 do endurance brasileiro, o novo carro está sendo desenvolvido para uma categoria monomarca e mono gestão que será promovida pela Interlagos Sport Marketing.
Análise técnica
O Sigma P1 G5 Evo compartilha o mesmo chassi em aço cromo-molibdênio dos irmãos da especificação P1, projetado seguindo o regulamento FIA SCC-2001. O projeto mantém o foco na segurança com a presença do atenuador de impacto frontal em fibra de carbono, e os atenuadores de impacto laterais e traseiro em alumínio aeronáutico, além dos painéis anti-intrusão laterais.
Além disso, o novo modelo utiliza um motor Chevrolet LT1 6.2 litros V8 com 450 HP, com eletrônica FuelTech FT700. Esse motor está acoplado a um transeixo sequencial de 6 marchas Sadev SLR90-20, com trocas através de borboletas no volante, que também é novo e foi desenvolvido em parceria com a Lotse.
Por sinal, o interior do G5 Evo recebeu uma atenção especial aos detalhes, com revestimento em fibra de carbono e couro, além de um sistema de ar-condicionado on-board elétrico, com desembaçamento ativo em provas disputadas com condição de chuva na pista.
Mesmo com o acabamento e sistema de climatização interna, o novo protótipo mantém um peso de 980 kg ao mesmo tempo que é capaz de gerar 1000 kgf de downforce a apenas 200 km/h – para efeito de comparação, esse número é superior ao de protótipos do Grupo C como Sauber C9 e Porsche 962.
A aerodinâmica, inclusive, traz diversos elementos dos irmãos da classe P1 como o splitter reposicionado (1), que estreou durante na Cascavel de Ouro em 2023, porém sem os já famosos flaps dianteiros. As caixas de roda são ventiladas através de louvres (2), enquanto toda a seção central mantém configuração similar aos demais modelos G5.
A lateral segue a filosofia G5, porém o sidepod foi redesenhado: as tomadas principais (3) aumentaram ligeiramente e agora alimentam os radiadores de óleo, enquanto as tomadas traseiras (4) foram avançadas e estão menores, e servem apenas ao resfriamento dos freios traseiros. Já a carenagem do motor foi apresentada sem a barbatana dorsal, tal como no Sigma P1 G5 especificação P2.
Movendo para a seção traseira, o aerofólio segue a especificação P2 com dois elementos e suporte inferior, porém adotando uma solução de endplates a la Hypercar (5), similar à que estreou na classe P1 durante a temporada 2024 do Endurance Brasil.
Com esse pacote, o Sigma P1 G5 Evo promete ter um desempenho igual ao de um GT3, a um custo inferior ao de um GT4, com um nível de segurança superior.
O difusor e carenagem traseira também seguem a configuração P1 de 2024, com maior área de expansão e mesma geometria da carenagem traseira.
O Sigma P1 G5 Evo irá passar por um período de desenvolvimento visando o novo campeonato, que almeja ter 15 carros na pista em provas disputadas em duas baterias sprint, que irão integrar a programação do Paulista de Automobilismo a partir de 2026.
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É bacana o projeto, mas na minha opinião poderia ter como endereço uma P3 dentro do endurance e ou ser opção para campeonatos regionais, mas nunca uma monomarca. Isso é gosto pessoal, não gosto de monomarca, acho elas ruins para outros campeonatos ,fatia demais o bolo.