Tech Analysis – Performance da GT4 em Interlagos (Rd2/2022)

Na segunda etapa do Endurance Brasil em Interlagos, tivemos uma grande disputa pela classe GT4, novamente marcada pelo equilíbrio entre os quatro modelos de carros presentes nas disputa:

Podemos ver também uma mudança na ordem dos carros mais velozes, com o BMW M2 e Porsche 718 assumindo as melhores posições:

Nota: no gráfico, o eixo vertical representa o tempo de volta de cada carro. Para “linearizar” as diferenças, optamos por utilizar o tempo de volta como percentual em relação o tempo de volta do pole de cada classe.

Corrida

Na etapa de Interlagos, os GT4 seguiram impressionando pela constância e equilíbrio:

Novamente, a degradação dos GT4 foi baixa comparando prova e classificatório:

  • Mustang: Logo nas primeiras voltas, o Mustang da equipe AutLog se envolveu em um acidente com o MRX #7 da Sette Car Racing, ficando de fora da disputa. Dessa forma, não foi possível incluí-lo na nossa amostra de 30 voltas, que ficou restrita aos modelos Porsche, BMW e Mercedes.
  • Mercedes AMG: Os Mercedes AMG GT4 não apresentaram o melhor desempenho relativo à sua classe, e o modelo melhor classificado ficou com a terceira posição (carro #555 da JDavid Team). O destaque negativo é a maior degradação (3,17% entre média da prova e qualy), destoando dos cerca de 2% da primeira etapa.
  • Porsche: Em comparação com a etapa de abertura, o melhor Porsche GT4 apresentou grande evolução em relação aos Mercedes, resultando em uma dobradinha com vitória do carro #718 seguido pelo #31.
  • BMW: A maior evolução em termos de trem de corrida foi da BMW M2, que foi o carro mais rápido da GT4 tanto no classificatório quanto na prova. Novamente o elevado consumo de pneus foi um problema para o carro bávaro, que somado a um pit stop alongado devido à troca do rádio do carro (48 segundos acima do mínimo) tirou as chances de vitória após a equipe Eurobike ter liderado o primeiro quarto de prova. Nas palavras de Henry Visconde: “O carro é muito bom e rápido. Só precisamos sanar a questão do desgaste dos pneus. Hoje, com certeza daria para terminar em terceiro lugar. Este carro não é um GT4 em sua essência, mas ainda vai dar trabalho”.

Em comparação com Goiânia, fica clara a maior degradação dos carros durante a prova com uma amplitude de cerca de 2 vezes maior para todos os modelos nas amostras de Mercedes, Porsche e BMW.

Aparece aqui uma das limitações do tamanho de amostra: no levantamento das 30 melhores voltas e em todos os gráficos o BMW M2 aparenta ter o melhor ritmo de prova dos GT4 e, apesar de podermos ver no diagrama de caixa do BMW um alongamento do quarto quartil em relação aos Porsche e Mercedes, é evidente que a amostra de 30 voltas não captura totalmente a degradação dos carros ao longo da prova.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.