O piloto Jules Gounon acaba de quebrar o recorde do circuito Mount Panorama para carros GT ao marcar o tempo de 1m56s6054, derrubando o recorde anterior de Luke Youlden à bordo do Brabham BT62R, que havia marcado 1m58s680.
Para atingir essa marca, o francês pilotou o Mercedes AMG GT3 Extreme, uma versão consideravelmente modificada do AMG GT3 “normal”, desenvolvida para conquistar recordes em diversos autódromos pelo mundo como parte das comemorações dos 130 anos da Mercedes-Benz Motorsport.
Sem mais delongas, vamos conhecer as modificações efetuadas pela AMG no GT3 Extreme em relação ao GT3 padrão tal como competem pelo mundo todo.
Já de partida, por não precisar se adequar ao BoP da classe GT3 a AMG pode retirar os restritores do motor 6.2L V8, possibilitando uma potência máxima de 650 HP (bem acima dos cerca de 520 HP na condição do BoP da SRO). Também o peso deve ser inferior ao mínimo homologado para a classe GT3 (um dado não informado pela Mercedes).
Outra evolução foi a adoção de freios de carbono oriundos diretamente da DTM, para permitir uma melhor performance de frenagem nos trechos sinuosos do circuito australiano.
À primeira vista, a seção frontal do GT3 Extreme não apresenta grandes diferenças para o GT3 tradicional, já que a grande modificação está no assoalho que foi redesenhado para buscar maior downforce.
Ainda assim, um detalhe que mostra a extensão dos detalhes trabalhados pela AMG são os Gurneys adicionados aos louvres das rodas dianteiras, visando cada Newton extra de pressão aerodinâmica
Na lateral, outra mudança perceptível são os espelhos retrovisores, mais uma solução vinda diretamente da caixa de peças de reposição do programa DTM da Mercedes, que conta com três winglets para produzir downforce adicional e melhor condicionar o fluxo de ar para a asa traseira.
Outras modificações aerodinâmica na lateral são: a extensão das saias laterais (1), a nova tomada de ar traseira (2) e outro gurney posicionado na caixa de roda traseira (3).
Mas a grande modificação aerodinâmica do AMG GT3 Extreme é o aerofólio traseiro, equipado com um sistema de DRS também resgatado dos tempos de DTM da Mercedes-Benz:
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