Lister Storm: a história completa

Sobre a Lister Cars

Em 1954, o piloto Brian Lister criou o primeiro modelo de corrida com o nome Lister, usando um motor MG em um projeto próprio. Ao longo dos anos, a equipe obteve várias vitórias com modelos próprios equipados com motores MG, Bristol, Maserati, Jaguar e Chevrolet.

Lister Knobbly. Fonte: Joe Macari.

Em 1986, após um período de inatividade a empresa retornou com o engenheiro Laurence Pearce, preparando modelos Jaguar XJS, construindo cerca de 90 desses carros.

Lister Le Mans. Fonte: Lister Cars.

O Storm para as ruas

A produção do Lister Storm começou em 1993, e o modelo vinha equipado com o maior motor V12 colocado em um carro de rua após a Segunda Guerra Mundial, unidade essa derivada da usada pela Jaguar nos modelos XJR que disputaram as 24 Horas de Le Mans.

O Jaguar XJR-9 utilizava um motor V12 de 7 litros no Mundial de Esporte Protótipos. Fonte: Wikipedia.

No modelo de rua esse motor rendia 546 HP de potência e 80,5 kgf.m de torque, o que levou o modelo de 1664 kg a ser o carro de quatro lugares mais rápido do mundo até o lançamento do Brabus Rocket, em 2006.

Lister Storm de rua. Fonte: Shmoo Automotive.

Contudo, somente um motor potente não era suficiente. O carro foi construído em uma estrutura espacial feita de alumínio que, segundo a fábrica, possui melhor absorção de impactos em caso de acidente em relação a fibra de carbono, apesar de ser mais pesada e propiciar menor rigidez a estrutura. Segundo Laurence Pearce, esta estrutura começou a ser construída tomando as dimensões do motor como pontos de referência, sendo então o pára-brisa posicionado, o que deu as posições onde deveriam ficar as colunas A e B. A transmissão foi então acoplada ao motor, sendo esta uma unidade Getrag de 6 marchas (semelhante à encontrada no BMW 850Ci).

Seção dianteira do chassi de alumínio do Lister Storm, onde podemos ver as longarinas e a parede corta-fogo. Fonte: Shmoo Automotive.

O design da carroceria ficou a cargo de Mike Hughes, e o primeiro protótipo tinha um coeficiente de arrasto aerodinâmico de 0,35, algo não muito impressionante para este tipo de veículo, mas após alguns ajustes o veículo de série ficou com um Cd de 0,32. O ponto forte do veículo, no entanto, é seu interior, rico em couro e madeira, que pode acomodar confortavelmente 4 pessoas e uma boa quantidade de bagagem, fazendo dele um legítimo GT 2+2.

Vista lateral do Storm. Fonte: Shmoo Automotive.

O plano inicial do projeto era atender apenas às encomendas, de forma que todas as peças pudessem ser facilmente obtidas dos fornecedores e sem despender grandes quantidades de dinheiro com o projeto, implicando que a venda de apenas 3 ou 4 unidades já resultasse em lucro.

Quatro Lister Storm à frente da sede da montadora. Fonte: Lister Cars.

E essa é uma das partes onde a história do Storm se torna nebulosa: segundo o site da Lister, apenas quatro exemplares de rua foram fabricados, enquanto o site de vendas de carros exóticos Shmoo Automotive lista que 8 carros foram fabricados, sendo 2 exportados enquanto outros dois foram transformados em carros de competição. 

  • 001 – Ex-Malcom Detchon – carro verde, vendido em 2018
  • 002 – Exportado para Brunei
  • 003 – Exportado para o Brasil
  • 004 – Reino Unido – Carro azul escuro, vendido originalmente para a região noroeste da Inglaterra quando novo
  • 005 – Reino Unido – Convertido em carro de corrida
  • 006 – Estava à venda pelo site Shmoo Automotive
  • 007 – Paradeiro desconhecido
  • 008 – Originalmente vendido para Hans K Rausing. Em 1998 foi convertido no carro de corrida amarelo e verde, que depois veio parar no Brasil com a equipe Capuava Racing.

Dois dos Storm foram de posse do brasileiro Alcides Diniz, um modelo de rua e um de competição, que participou das Mil Milhas Brasileiras em 2002, 2005 e 2006, uma história que iremos abordar em maiores detalhes mais abaixo.

Lister Storm de rua brasileiro, equipado com um motor V12 bi-turbo de mais de 1.200 HP, e faróis dianteiros do Golf Mk4. Fonte: Carros raros e exóticos no Brasil.

Independente da quantidade de modelos efetivamente fabricados, o baixo número de modelos vendidos deveu-se principalmente ao seu alto preço de £219.750,00, cerca de 70.000 a mais que uma Ferrari 456GT na época.

O Storm em competições

Toda a fama do Storm, deve-se ao seu desempenho em competições, já que a grande maioria desses carros foi produzida visando o uso em competições automobilísticas. Com a ascensão das competições envolvendo carros GT após o fim do Grupo C, diversos fabricantes viram nas competições uma excelente vitrine para seus modelos, levando à era de ouro dos GTs.

Lister Storm GTS

Em 1995, o Lister Storm GTS estreou nas 24 Horas de Le Mans na classe GT1, competindo com McLaren F1, Jaguar XJ220, Ferrari F40 e Porsche 911 GT2. Nessa primeira tentativa, Geoff Lees, Rupert Keegan e Dominic Chapell foram escolhidos como pilotos, e o resultado foi um decepcionante abandono na volta 40 devido a um problema de transmissão.

Lister Storm GTS nas 24 Horas de Le Mans de 1995. 📷 Dan Morgan.

Em 1996, um teste foi realizado nas 24 Horas de Daytona como preparação para Le Mans, tendo como pilotos Tiff Needell, Kenny Acheson e Geoff Lees, que resultou em outro abandono, devido à uma colisão com outro competidor que jogou o Lister em uma espiral pelos ares, com extensos danos ao carro, mas do qual o piloto Kenny Acheson conseguiu sair andando.

Lister Storm GTS após o forte acidente nas 24 Horas de Daytona de 1996. Fonte: Chronicles Live.

Para Le Mans um novo carro precisou ser construído, finalmente completando a prova, porém em uma desapontante 19ª colocação, pilotado por Needell, Lees e Anthony Reid. Após esse resultado o time decidiu participar do BRP Global GT Series, onde apesar de ter demonstrado velocidade, falhou em terminar todas as provas que disputou.

Lister Storm GTS nas 24 Horas de Le Mans de 1996. 📷 Dan Morgan.

Lister Storm GTL

Em 1997, a Lister redesenhou o Storm com uma traseira e traseira mais compridas e aerodinâmicas, visando um melhor desempenho para enfrentar os novos Mercedes-Benz CLK-GTR e Porsche 911 GT1. Esse modelo, chamado Storm GTL, conquistou a 19ª posição geral nas 24 Horas de Daytona (e 4ª posição na classe GT1). 

Lister Storm GTL na versão de rua, criada para homologação na classe GT1.

Dois carros foram inscritos para as 24 Horas de Le Mans, ambos abandonando na volta 77. Um Storm GTL ainda participaria das provas de Sebring e Laguna Seca do FIA GT em 1997, abandonando ambas as provas. No campeonato britânico de GT, a situação foi um pouco melhor, tendo como melhor resultado um vitória na terceira etapa do campeonato inglês de GT, em Donington, conduzido por Jake Ulrich e Ian Flux.

Lister Storm GTL durante as 24 Horas de Le Mans de 1997.

Em 1998, uma falha no sistema de ignição nas 24 Horas de Daytona fez com que o time não conseguisse se classificar para Le Mans, e a Lister então decidiu trabalhar num novo modelo que se encaixasse no regulamento da classe GT2 do FIA GT: o Storm GT. Enquanto isso, o modelo GTL continuou a competir no campeonato britânico, obtendo vitórias nas etapas de Snetterton e Silverstone da temporada 1998.

Lister Storm GTL no Campeonato Britânico de Gran Turismo de 1998. Fonte: Racing Sports Cars.

Apesar do colapso da classe GT1 no FIA GT em 1999, no campeonato britânico os modelos GT1 ainda tinham espaço, e nesta temporada o Storm GTL teve seu momento de brilho, conquistando 7 vitórias em 11 etapas pelas mãos da dupla Julian Bailey e Jamie Campbell-Walter, resultando no título da classe GT1 frente a uma competição acirrada que incluía modelos como McLaren F1 GTR, Porsche 911 GT1 e Sintura S99 GT1.

Lister Storm GTL no Campeonato Britânico de Gran Turismo de 1998. Fonte: dailysportscar.com.

Lister Storm GT

Após um começo de temporada difícil no FIA GT, principalmente devido a falta de desenvolvimento do novo carro, finalmente o time começou a obter resultados, com um quarto lugar em Hockenheim, um terceiro em Zolder e um segundo em Donington, o que propiciou à equipe o quinto lugar no campeonato.

Lister Storm no FIA GT em 1999. Fonte: Rui Paiva.

Já no campeonato britânico de GT, dois Lister Storm foram inscritos, resultando também em 7 vitórias das 11 etapas, e no título da categoria GT2 para o piloto David Warnock, fechando um título duplo nas classes GT1 e GT2 para a Lister.

Lister Storm GT no Campeonato Britânico de Gran Turismo em 1999. Fonte: dailysportscar.com.

Em 2000, o anúncio da retirada do Team Oreca eliminou a concorrência de um time de fábrica, deixando a equipe apenas com a concorrência dos Viper GTS/R de equipes privadas. Confirmando as expectativas, a primeira etapa do campeonato em Valência resultou em vitória. Mais quatro seguiram a essa, todas pela dupla Julian Bailey e Jamie Campbell-Walter, confirmando o título do FIA GT para a dupla.

Além do sucesso no FIA GT, em 2000 os Lister Storm GT obtiveram 9 vitórias no Campeonato Britânico de GT, tanto pelo time de fábrica quanto pela equipe Cirtek Motorsport, conquistando o vice-campeonato da classe GT com David Warnock, ,além de mais 2 vitórias no campeonato Espanhol de GT. 

Após esse título, a Lister veio como favorita em 2001 para o FIA GT e, apesar de obter 3 vitórias na temporada (Monza, Magny-Cours e Nurbürgring) , terminou o campeonato em terceiro, atrás das equipes Larbre Competition e Carsport Holland. 

No campeonato britânico, a dupla David Warnock e Mike Jordan conquistou 8 vitórias em 13 etapas e o título na classe GT, frente a uma acirrada competição de carros como Viper GTS/R e TVR Cerbera Speed 12.

No grid do campeonato britânico o Lister Storm enfrentava modelos com Viper GTS/R e TVR Cerbera Speed 12.

Em 2002, mais três vitórias foram conquistadas no FIA GT (Magny-Cours, Brno e Pergusa), o que resultou em um vice-campeonato de equipes e para os pilotos Jamie Campbell-Walter e Nicolaus Springer, novamente atrás do Viper da Larbre Competition. O mesmo número de vitórias veio no Campeonato Britânico (Donington, Castle Combe e Donington novamente), resultando em outro vice-campeonato, para a dupla Mike Jordan e David Warnock. 

No ano de 2003, além dos dois carros da equipe oficial, a equipe Creation Autosport também inscreveu-se no campeonato do FIA GT. A equipe de fábrica conseguiu apenas uma vitória, ficando novamente com o vice-campeonato de equipes, enquanto a Creation Autosport ficou na quarta colocação, porém a chegada de carros como Ferrari 550 GTS e Saleen S7R começavam a mostrar o peso da idade de projetos como o Lister Storm e Viper GTS/R.

Lister Storm GT da equipe Creation Autosport para o FIA GT 2003. Fonte: dailysportscar.com.

Nesse momento a Lister mudou o foco de sua atenção para a categoria LMP1 de Le Mans, aparecendo somente em algumas corridas na temporada 2004 do FIA GT, enquanto a Creation conseguiu apenas um oitavo lugar na classificação geral, decidindo também mover-se para os protótipos de Le Mans. Melhor desempenho veio no Campeonato Italiano de GT, onde a dupla Stefano Zonca e Angelo Lancellotti obteve 3 vitórias na classificação geral (Monza, Mugello e Misano), marcando também as últimas vitórias do Storm em competições.

Campeonato Italiano de GT em 2004. Fonte: Dimitris Deverikos.

O ano de 2005 viu uma atuação modesta da equipe de fábrica frente à Ferrari 550 GTS e à novíssima Maserati MC12, conquistando apenas 1 ponto e a 15ª posição no campeonato de equipes. Após esse resultado, a Lister Cars decidiu concentrar 100% de seus esforços no Lister LMP, abandonando definitivamente o FIA GT. Novamente, os melhores resultados para o Storm vieram do Campeonato Italiano de GT, onde o carro de Stefano Zonca e Andrea Belicchi conquistou um 4º e um 5º lugar em Hungaroring e Vallelunga, respectivamente.

Etapa de Silverstone do FIA GT em 2005. Fonte: Maserati Indy.

Em 2006, os únicos Lister ativos em competição foram o carro da equipe brasileira Capuava Racing, que se classificou mas não largou nas Mil Milhas, e um modelo GTM encampado pela equipe Creation Autosport e posteriormente pela Red Racing, competindo no campeonato francês de GT da FFSA, conquistando como melhor resultado um 9º lugar na terceira etapa, disputada em Dijon. A partir de 2007, nenhum Lister Storm participou de competições nacionais ou internacionais.

Lister Storm da Capuava Racing durante os treinos das Mil Milhas 2006.

Lister Storm chassis #008, Gran Turismo e o Brasil

Agora que conhecemos a história do Lister Storm, vamos conhecer também a história de um chassis em particular, que iniciou sua vida com um dos sete (ou oito) carros de rua, vendido para Hans K. Rausing, de Londres. Contudo, em 1999 a Lister readquiriu o carro, transformando-o em um modelo de competição seguindo o regulamento GT2 da FIA.

Lister Storm chassis 008 no campeonato britânico de Gran Turismo. Fonte: David Warnock Racing.

Curiosamente, no Gran Turismo 2 o Storm somente podia ser comprado na versão de rua, que poderia então ser modificada para corridas se transformando no famoso carro amarelo e verde, tal qual o modelo real de competição.

Captura de tela do Gran Turismo 2 com a Racing Modification do Lister Storm. Fonte: GT Planet.

Esse chassi em particular foi utilizado tanto no Campeonato Britânico quanto no FIA GT pela equipe de fábrica da Lister, conquistando 2 poles nas etapas de Zolder e Donington do FIA GT, além de um quarto lugar geral (e vitória na classe GT2), na etapa de Snetterton do campeonato inglês.

No ano 2000, o mesmo chassi foi vendido e passou a competir no Campeonato Espanhol de GT, vencendo as duas baterias da primeira etapa, disputada no Autódromo de Estoril com a dupla Alberto Castello e Carlos Palau.

Lister Storm chassis 008 no Campeonato de España de GT no ano 2.000.

Em 2001, este Storm continuou na Espanha, agora nas mãos de Miguel Ángel de Castro e Balba Camino, com destaque para a vitória obtida na segunda bateria da etapa de Jarama.

Em 2002, o Storm foi adquirido pelo brasileiro Alcides Diniz, piloto e empresário (e tio do piloto de F1, Pedro Paulo Diniz), e foi inscrito nas Mil Milhas, prova que Alcides havia vencido em 1970 ao lado de seu irmão, Abílio. O carro chegou ao país na véspera da prova, e obteve a pole-position pelas mãos do escocês Jamie Campbell-Walter, que correria a prova em parceria com o próprio Alcides, Alfredo Guaraná Menezes e Belmido Júnior. Correria, pois os jogos de pneus adquiridos para a prova ficaram retidos na alfândega, de forma que o piloto escocês recolheu o carro para os boxes após apenas 12 voltas de corrida.

Lister Storm chassis 008, agora com a Capuava Racing durante as Mil Milhas de 2002.

Em 2002, o Storm ainda participaria dos 500 km de Interlagos, pilotado por Alcides e Beto Giorgi, prova em que conquistou novamente a pole-position e completou a prova na segunda posição, após uma acirrada disputa com o Porsche 996 GT3 de Paulo Bonifácio, Dener Pires e Max Wilson.

Lister Storm chassis 008 durante os 500 km de São Paulo de 2002.

Para 2003, a Capuava Racing adquiriu um Mercedes CLK DTM para competir nas provas brasileiras, de forma que o Storm ficaria relegado à garagem por um período, até ser inscrito novamente para uma Mil Milhas, agora em 2005.

Mercedes CLK DTM durante as 6 Horas de Curitiba, prova válida pelo Campeonato Brasileiro de Endurance de 2003. Fonte: mb143.ru.

Classificando-se na quinta posição geral, o GT inglês sofreu um forte acidente ao colidir com o Spyder do trio Jair Bana, Duda Bana e Marcos Silva, ficando de fora da prova.

Lister Storm chassis 008 após o acidente durante as Mil Milhas 2005. Fonte: Blog das Mil Milhas.

O Storm ainda seria inscrito na edição 2006 das Mil Milhas, classificando-se na nona posição com o piloto Pedro Lamy, mas sequer chegou a largar, pois a Capuava Racing optou por disputar a prova com sua nova Mercedes CLK DTM.

Mercedes CLK DTM durante as Mil Milhas de 2006. Fonte: dailysportscar.com.

Após a morte de Alcides Diniz em junho de 2006, o Storm foi vendido junto a outros carros da sua coleção, como os Mercedes CLK GTR e DTM e o Aston Martin DBR9.

Análise Técnica

Na parte aerodinâmica, o Lister “brasileiro” apresentava algumas soluções particulares, considerando a certa liberdade técnica que o regulamento permitia.

Na dianteira, podemos ver o splitter (1) com um rasgo (2) fazendo a função de canard (uma solução aparentemente exclusiva do carro da Capuava Racing). Também podemos ver as duas tomadas de ar para os freios dianteiros (3a), de formato retangular e circular. Além da tomada de ar inferior para o radiador dianteiro, existe uma tomada NACA (4) para a admissão de ar do motor, solução que eventualmente foi substituída nos Lister “de fábrica” para uma tomada retangular (veja a imagem abaixo de um Lister do FIA GT, para efeito de comparação).

Além disso, ainda na imagem anterior, podemos ver duas saídas de ventilação do radiador (5), e as caixas de roda possuem louvres (6), outra particularidade desenvolvida no Brasil. Duas pequenas tomadas do tipo NACA (7) fornecem ar para a ventilação do cockpit em conjunto com a tomada de ar sobre o teto (8), diferente dos Lister europeus, que possuem um duto NACA sobre o teto.

Na lateral, podemos ver as aberturas de ventilação das caixas de roda dianteiras típicas do Storm (9), o escapamento de saída dupla (10), e as aberturas de ventilação laterais (11) e (12), essa última utilizada para o arrefecimento dos freios traseiros. Podemos ver também o enorme aerofólio traseiro (13) e o difusor traseiro (14), que possui um perfil curvo na região externa.

Passando para a seção traseira, existem duas tomadas de ar dinâmicas e complementares para os freios traseiros (15), outra diferença em relação ao Storm europeu, que utiliza tomadas NACA nessa posição. As caixas de roda traseiras possuem rasgos verticais para ventilação (16) e o difusor traseiro (17), possui dois pares de strakes verticais, outra diferença para o Storm do FIA GT que utilizava apenas par de strakes mais ao centro do difusor.

Outra curiosidade: o Lister da Capuava é o interior, que emprega fibra de carbono em diversos componentes em fibra de carbono desenvolvidos no Brasil pela Martarello, um contraste em relação ao interior mais “espartano” dos Lister de fábrica:

Interior do Lister Storm de fábrica. Fonte: Art&Revs.

Histórico em competições

Abaixo o histórico em competições do Lister Storm chassis 008:

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