Passando para os protótipos mais velozes, na P1 o regulamento segue sem grandes alterações e permitindo as seguintes combinações de peso e capacidade do tanque:
Tal como na P2, são proibidas as seguintes configurações de motorização:
- Judd Power: HK V8 LMP2, JUDD KV (ZYTEC) V8 F3000, JUDD DB3.0, JUDD DB3.4, JUDD DB4.0, JUDD GV 4.0, JUDD GV 4.2, JUDD GV 5.0, JUDD GV 5.5;
- Zytec;
- Acura HPD AR35TT;
- Gibson Technology: GK428 LM P2, GL458 LM P1;
- AER: SR20, P03, P07, P14, P25, P32, P41, P57, P60B, P63, P65, P91 e P91B;
- Mecachrome V634P1 LM P1;
- Toyota TS050 Hybrid LM P1;
- Proibido motores sobrealimentados acima de 4200 cm;
- Motores provenientes do Campeonato Alemão DTM – Deutsche Tourenwagen Masters;
- Motores Ford Ecoboost V6 – Ford Performance;
- Motores com sistema de sobre alimentação composta (turbinas ligadas em série);
- Motores provenientes dos Campeonatos de F1 ou F-Indy
As únicas mudanças em relação à 2020 estão no fato de que motores com injeção direta de combustível deixaram de ser proibidos, e de que para todas as motorizações passa a ser obrigatória a utilização de um restritor de 90,1 mm.
A categoria deve ter um grid entre 10 e 15 carros por etapa, composto pelos seguintes modelos:
Metalmoro JLM AJR
Carro dominante na P1 atualmente, o AJR se consolidou como o mais veloz entre os protótipos do certame nacional (conheça a história e características do carro nesse link). Desde sua estréia nas pistas em 2017, o protótipo gaúcho vem recebendo atualizações praticamente a cada etapa, como os motores Chevrolet V8, asa móvel dianteira e traseira, e diversas atualizações de aerodinâmica e segurança que o permitem manter a vantagem em relação aos demais modelos.
Em 2021 poderemos ver até 10 carros nas pistas, pois além dos 8 chassis já existentes existe a previsão de que mais dois sejam concluídos e estejam nas pistas durante a temporada. EDIT 29/04 9h20: Conforme confirmado pelo amigo Bruno Tascheck, são 9 os AJR presentes já na primeira etapa em Goiânia. Segundo as redes sociais do Endurance Brasil, deveremos chegar a 10 AJRs nas pistas, porém ainda não houve uma divulgação oficial sobre quem será o proprietário e qual a configuração desse carro, nem sobre quando estará pronto para competir.
Ginetta G58
O protótipo inglês G58 (conheça aqui o modelo) se destaca dos carros brasileiros pelo seu chassi em fibra de carbono, derivado do projeto LMP3 da Ginetta. A chegada do modelo em 2019 pelas mãos dos irmãos Ebrahim pode ser considerada um dos motivadores para as diversas atualizações dos protótipos nacionais, como a introdução do sistema de asa móvel. Desde então o modelo também não ficou para trás no quesito atualizações, primeiro sendo evoluído da versão G57 P2 para G58, e posteriormente recebendo o sistema de asa móvel desenvolvido pela Sigma P1 Engenharia e com a preparação dos motores à cargo da Giaffone Racing, enquanto as atividades de pista e de desenvolvimento de chassi passaram a ser conduzidas pela Engmakers.
Na temporada que se inicia existe a expectativa de que o segundo chassi Ginetta presente no Brasil se junte ao carro da família Ebrahim após ter participado de seções de treinos livres durante a temporada passada, já carregando todas as atualizações e inscrito pela equipe Team Ginetta Brasil.
Sigma P1
Irmão mais novo do Sigma V8, o chassis #02 mantém o motor 1.5 para a temporada 2021, porém agora equipado com uma transmissão sequencial Ricardo similar à utilizada nos monopostos da Indy Lights. A aerodinâmica também foi revisada, incluindo novos canards na dianteira e uma barbatana dorsal, prometendo trazer um tempero diferente à uma categoria atualmente dominada pelos motores V8. A equipe concebeu o carro de forma a se enquadrar tanto na P1 quanto na P2, e resta aguardar em qual categoria será confirmada a inscrição da dupla Jindra Kraucher e Aldo Piedade Jr.
DTR01
O protótipo DTR01 é outro dos modelos que nasceu no Rio Grande do Sul e que aposta em motorização turbo, no caso um motor Honda K20 com virabrequim e diversos itens de projeto próprio. De construção convencional, o modelo tem aerodinâmica inspirada pelos protótipos LMP1 porém explorando ao máximo a liberdade do regulamento da Endurance Brasil. Até o momento o carro participou apenas de duas etapas do campeonato e sofreu com problemas mecânicos, mas nas poucas voltas que completou em sessões oficiais impressionou pelo desempenho, equivalente ao dos melhores AJR.
Nada foi confirmado pelo time, mas não seria surpresa ver o carro novamente nas pistas, ao menos em uma das etapas gaúchas do campeonato.
TMC M1
Possivelmente o carro mais aguardado da categoria, o TMC M1 é resultado da visão do exF1 Tarso Marques para um Hypercar ao seu estilo. O objetivo é que o modelo de pista seja um berço para testar e desenvolver tecnologias para um futuro modelo de rua, servindo também como demonstrador do nível de performance do protótipo. O design, além de agressivo é funcional, e o projeto traz como principal diferencial tecnológico o monocoque em fibra de carbono, primeiro a ser projetado e fabricado no país.
Ainda não é certa a participação em alguma das etapas de 2021, algo que segundo o próprio Tarso Marques depende de o carro estar com maturidade suficiente e ter patrocinadores on board.
Leitura Adicional
Temporada 2021 do Império Endurance Brasil – parte 1 (categorias P2 e P3)
Temporada 2021 do Império Endurance Brasil – parte 2 (categorias GT4 e GT4 Light)