A temporada 2025 do Campeonato Gaúcho de Endurance promete grandes disputas nas pistas. Após um ano de restabelecimento, o campeonato agora busca atrair mais competidores com diversas evoluções no regulamento técnico, para melhor acomodar os diversos carros que estão hoje parados nas oficinas das equipes.
1.“Retorno” da classe P1
Após anos ausente, a classe P1 retorna ao grid do gaúcho. Irão compor o grid da P1 gaudéria os modelos Sigma P2 G5 e AJR na especificação P2 do Endurance Brasil. É vetado o uso de asa móvel e as asas dianteiras e traseiras devem ter somente um elemento principal e um flap (um de cada lado no caso da asa dianteira). Além disso, uma série de medidas de restrição de custos foi imposta, como a obrigatoriedade de uso de fibra de vidro para a maioria dos elementos da carenagem (apenas asas e difusor/assoalho) poderão ser feitos em fibra de carbono.
Acreditamos que outros modelos como o DTR01 podem ser inscritos na P1, tanto pela configuração quanto pela faixa de desempenho que podem atingir. Além disso, outra peculiaridade foi o adendo publicado ao regulamento incluindo uma transmissão modelo Lola B12/60. Estaria essa inclusão ligada ao elusivo Lola Daytona Prototype que está no Brasil ao menos desde 2017 porém nunca apareceu em competições oficiais?
Além disso, chama a atenção a presença das transmissões Sadev SL-9020 (modelo escolhido para o Sigma P1 G5 Evo), EMCO GA46 (até onde sabemos utilizada no MC Tubarão X) e DMA 1098 GT (até o momento não conhecemos aplicações dessa caixa no Brasil – será que vem algum projeto novo por aí? De toda forma, os modelos que eventualmente irão competir poderão sofrer outras alterações de performance, de modo a manter o nível da competição conforme os tempos de volta alvo da classe:
2. A “nova” classe P2
Com o retorno da P1, foi criada também uma classe “P2 ½” para os protótipos mais antigos como MCR, MRX e MR18, entre outros modelos de concepção mais antiga. Podemos esperar modelos como o ABS01, Predador, Scorpius e outros clássicos competindo. O regulamento é o mesmo dos P1 não homologados, quanto a peso e configuração dos motores, e também serão permitidos carros GT3 com restritores de 36 mm e peso mínimo de 1300 kg.
3. Classe P3
A classe P3 segue sem grandes novidades, permitindo a inscrição de protótipos com motores aspirados multi válvulas, motores motociclístico e carros da Stock Car. Aqui irão competir principalmente os protótipos MRX.
4. Classe P4
Tal como a P3, a P4 segue com regulamento estável. São permitidos protótipos com motorização de 2 válvulas por cilindro, como Aldee Cupê, Spyder e MRX.
5. Classe GT1
Na classe GT1 o regulamento segue estável, sendo permitida a participação de carros GT3 fabricados até 2012, carros de turismo com motorização acima de 2.5 litros aspirados e turbo, Trofeo Linea, Stock Car com restritores e modelos GT3 modernos sujeitos a um BoP específico.
6. Classe GT2
Também na GT2 o regulamento segue o de 2024, com a adição do protótipo Vettore que até 2024 competiu na P4. Além dele, podem ser inscritos carros turismo até 2.1 litros turbo, até 2.5 litros aspirados e Audi DTCC exceto aqueles que se enquadrem na classe GT do Gaúcho de Superturismo.
7. Classe GT
Por fim, a classe GT segue com o mesmo regulamento, permitindo a inscrição de modelos turismo até 2.1 aspirados com pneus radiais ou semi-slick.
Gostei muito do regulamento, para um campeonato regional todo cuidado com os custos é essencial pra manter os times motivados. Se um carro dispara na frente por conta de alto investimento embargado, os demais perdem totalmente a motivação.
Mas creio que neste caso a categoria parece que limitou bem os pontos mais preocupantes, vamos torcer!!!!!
Em tempo, estou meio cético, mas seria maravilhoso vem o DTR01 de volta as pistas, este projeto correu muito pouco, seria um belo destaque no grid!